Olhe o mundo a sua volta? Qual khayynita tem liberdade?
Nós temos!
Que o sangue quebre os grilhões que aprisionam.
Que o sangue seja a foice daqueles que ousem cruzar os teus caminhos.
Antes de Giovanni havia outros e antes dos outros somente Khayyn.
Junte-se à espada do Pai Sombrio, oh eterna, torne essa maldição em bênção e essa não-vida em uma arma para um propósito maior.
Que o sangue te liberte.
Me permita um último ato cerimonial. Degolador, conte à jovem sobre o código de Milão por ora…”
Distraída, ela mal imagina o que Hatem faz abrindo cada vez mais a cova. Ela sente que será ritualisticamente enterrada, mas nem passa pela sua cabeça a violência de tal ato…
Hatem começa uma prece, dessa vez para a lâmina em suas mãos. A adaga então gira no ar e corta a Giovanni da jugular até o outro lado do pescoço.
O sangue jorra a frente e ela simplesmente não o cura. Desesperada, ela coloca as mãos no enorme rombo em seu pescoço sem poder diminui-lo.
Ela tenta falar algo, mas engasga no próprio sangue.
Com um malicioso sorriso – será que ele sente prazer em vê-la sofrer? – Hatem então concentra seu sangue em seus músculos, baixando sua geração o mais próximo de Khayyn possível e literalmente finca a pá na cabeça dela com tamanha força que o cabo de madeira cede em milhões de farpas e a parte metálica quebra o crânio da mulher, trespassando até o cérebro morto e parte de sua face.
Ela imediatamente entra em torpor, desabando dentro da cova. Sua Besta grita e se contorce inutilmente, já que o corpo não responde.
…
O eco dos espíritos se torna audível e pela primeira vez a assombra. Ela que sempre controlou os mortos sente deles os gritos de sofrimento e desejos de vingança. Após tantas décadas servindo-a como escravos, eles não só estavam livres como sentiam a oportunidade de virar o jogo e fazê-la sofrer. Não importa o quão boa ela foi para a maioria deles, eles simplesmente se perdem em pensamentos mesquinhos e ecos perdidos da sua dor interna.
Quando um fantasma tem a oportunidade de causar dor, ele raramente a nega.
…
Sangue.
Uma gota de gosto poderoso metálico molha os lábios da Giovanni AntiTribu completamente submergida no negro solo, enterrada em sua cova de morte.
Sua besta então expressa toda a vontade de se viver por mais uma noite e a força de quem ainda quer colocar um ponto final na sua história.
Ela não morreria aqui.
Ela gritava internamente enquanto o desespero a atingiu em cheio: a dor de seus músculos alimentavam ainda mais o desejo de sobreviver e cada camada de terra fazendo resistência era outra barreira que ela iria vencer.
Em segundos, ela ressurge na superfície, com o cabelo coberto de terra e os olhos em fúria vermelha, acalmados quando o sangue misturado da taça tocou seus lábios, trazendo um familiar conforto.
“Que o sangue de Hakkyn te liberte como me fez. Alaktubah Malaikum.” , concluiu Hatem o ritual antes de dizer:
“Bem-vinda ao Sabbat!”